A Organização Meteorológica Mundial, OMM, prevê que temperaturas acima do normal continuem a ocorrer entre junho e agosto de 2020 na maior parte do Ártico.

A agência da ONU alertou que a região tem aquecido mais do que o dobro da média global, com base em dados divulgados na mais recente reunião do Fórum Climático do Ártico .

Ar na superfície

Entre 2016 e 2019, as temperaturas médias anuais do ar na superfície foram as mais altas já registadas em quatro anos no Ártico.

Aquecimento do Ártico está a impulsionar muitas das mudanças em curso na região, incluindo a perda de gelo marinho e alterações nos ecossistemas terrestres e marinhos.

Em finais de maio, um fórum organizado pelo Instituto de Pesquisa do Ártico e Antártico, Roshydromet, reuniu dezenas de participantes de serviços meteorológicos de 12 países. No encontro virtual também estiveram representantes da indústria naval, dos povos indígenas e de outros parceiros e setores de decisão.

Uma das constatações da reunião foi a ocorrência de temperaturas mais quentes do que o normal do ar na superfície na Eurásia e no Oceano Ártico. Esta situação levou a temperaturas quase abaixo do normal no último inverno em toda a região.

Com a Sibéria a registar um dos períodos mais quentes da história, prevê-se que entre junho e agosto de 2020 as temperaturas estejam acima do normal na maior parte do Ártico.

Gelo marinho

Condições mais húmidas que o habitual deverão continuar no Alasca e em partes da região russa de Chukchi, no Leste da Sibéria e no norte do Canadá.

Em março deste ano, a camada de gelo marinho no Hemisfério Norte foi a 11ª mais baixa desde 1979. O alerta aponta para um nível abaixo do normal este ano na maioria das regiões do Ártico, à exceção nos mares de Barents e da Groenlândia.