"Até ao dia 21 já conseguimos recensear 6.666.838 eleitores", disse Paulo Cuinica, porta-voz da CNE, durante uma conferência de imprensa em Maputo, acrescentando que esse número corresponde a quase 89% da meta prevista de 7.494.011 de pessoas a recensear até 28 de abril.

Segundo o responsável, o número apresentado hoje ainda não reflete a globalidade de eleitores inscritos devido a "dificuldades de comunicação com algumas brigadas", situação que "suscita atrasos no envio de dados estatísticos".

"Contudo, esta cifra é satisfatória e pela experiência do passado os registos diários têm tendência crescente no decurso do recenseamento eleitoral", acrescentou Paulo Cuinica, fazendo ainda menção à pouca adesão ao processo em algumas regiões.

O recenseamento eleitoral em Moçambique arrancou em 30 de março e termina em 28 de abril.

O porta-voz da comissão eleitoral moçambicana avançou ainda que o país tem um cumulativo de 15.390.643 eleitores inscritos desde 2023, aquando das eleições autárquicas, de um universo de mais de 16 milhões previstos.

Paulo Cuinica referiu também que o órgão eleitoral propôs a extensão por mais cinco dias do recenseamento na Tanzânia, face ao atraso de nove dias na chegada do equipamento naquele país.

"O equipamento ficou retido em Adis Abeba [Etiópia] porque não havia um voo de carga para levar o equipamento até Dar es Salaam", explicou o porta-voz, acrescentando que a CNE aguarda também a resposta do Governo sobre a marcação de novas datas de recenseamento em Quissanga, no norte de Moçambique, que ainda não arrancou devido à insegurança na província de Cabo Delgado.

Moçambique realiza em 09 de outubro eleições gerais, incluindo presidenciais, às quais já não concorre o atual Presidente da República e líder da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Filipe Nyusi, por ter atingido o limite de dois mandatos previsto na Constituição.

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