Os 27 Estados-membros acordaram, ainda, outras recomendações, que devem ser aplicadas por cada país.

Entre elas estão sugerir aos viajantes o "uso de máscara", a realização de "testes aleatórios" em sua chegada e o controle das "águas residuais de aeroportos com voos internacionais e de aviões que chegam da China", segundo um comunicado da Presidência do Conselho da UE, exercida pela Suécia.

Especialistas em saúde dos países do bloco se reuniram nesta quarta-feira, em Bruxelas, para elaborar uma resposta coordenada à explosão de casos de covid-19 na China. As medidas foram debatidas em uma reunião do IPCR, dispositivo europeu para uma reação política em situações de crise.

Os Estados-membros vão avaliar a situação e revisar as medidas em meados deste mês de janeiro.

No início de dezembro, a China pôs fim à sua política de "covid zero", o que gerou uma explosão de casos. No domingo (8), as autoridades chinesas eliminarão a quarentena obrigatória aos viajantes procedentes do exterior.

Preocupados com a falta de transparência a respeito das estatísticas oficiais da China sobre o número de casos, os países do bloco reagiram de maneira descoordenada.

Na semana passada, Espanha, Itália e França decidiram, de maneira unilateral, exigir testes negativos de covid-19 aos viajantes procedentes da China.

A China, por sua vez, condenou essas restrições na terça-feira e advertiu que poderia tomar medidas em represália.

"Nosso enfoque está baseado na ciência [...] Tomamos as medidas que consideramos justificadas, adaptadas à evolução da situação na China e baseadas nos debates entre nossos especialistas", declarou nesta quarta-feira uma porta-voz da Comissão Europeia, o órgão executivo da UE.

Apesar de os Estados-membros terem liberdade para aplicar ou não as recomendações adotadas a nível da UE, "todo mundo entende que, se não atuarmos juntos, haverá buracos no sistema", acrescentou outro porta-voz.

O Centro Europeu para a Prevenção e o Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), uma agência da UE, considerou "injustificado" o controle sistemático dos passageiros, dado o nível de imunidade coletiva na Europa e a presença no território do bloco das mesmas variantes que circulam na China.

Na terça-feira, o ECDC insistira que a explosão de casos na China "não deveria ter um impacto sobre a situação epidemiológica na Europa".

Em contrapartida, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que as medidas de controle adotadas em todo o mundo eram "compreensíveis" devido à "circulação elevada [do vírus] na China e à ausência de dados completos".

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