
"Recomendamos aumentar nossa capacidade para fazer exames. Os testes rápidos estão chegando agora ao mercado. Isto pode ter um papel importante (...) Da nossa parte, destinamos 100 milhões de euros à compra de exames rápidos", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Os exames, completou a alemã, serão distribuídos pelos países membros do bloco.
De acordo com Von der Leyen, "a situação é muito séria, mas ainda podemos mudá-la, ainda podemos frear a propagação do vírus se cada um cumprir com sua responsabilidade".
Ela destacou que a expectativa da equipe de especialistas que assessora a UE é que o número de casos confirmados na Europa continuará crescendo pelas "próximas duas ou três semanas", e rapidamente.
O avanço acelerado da pandemia de covid-19 na Europa levará França e Alemanha a anunciar nesta quarta-feira um endurecimento das medidas sanitárias, seguindo o exemplo de outros países como a Itália, onde cresce o mal-estar com as restrições cada vez mais draconianas.
Von der Leyen disse que a Europa não enfrenta apenas o vírus, mas também o que denominou de "cansaço" diante da situação.
"As pessoas estão cada vez mais cansadas das medias de prevenção, e posso entender que há pessoas que sofrem por causa do vírus", disse, antes de apontar que "não é o momento de relaxar as medidas".
Von der Leyen também fez um apelo aos países membros para a integração dos aplicativos de rastreamento de casos, a coordenação das restrições nacionais de viagens e mais empenho para a troca de informações.
"Estamos juntos nisso. Nenhum país membro sairá desta crise até que todos os países o façam", completou.
A chefe do Executivo europeu também pediu que os países do bloco desenvolvam planos de contingência para a chegada de uma ou várias vacinas.
Os planos devem definir a infraestrutura necessária, a cadeia de abastecimento e os grupos prioritários a receber a vacina, destacou.