"Os combates mais ferozes e mais intensos continuam hoje (quinta-feira) na área de Soledar", disse a vice-ministra da Defesa, Ganna Malyar, à imprensa.
A vice-ministra acrescentou que, "apesar da situação difícil, os soldados ucranianos estão lutando sem descanso".
Na noite de quarta-feira (11), o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse que os combates continuam em Soledar - uma pequena cidade que tinha cerca de 10.000 habitantes antes da guerra, agora destruída - e que o "front" na área "se mantém".
"A Rússia envia milhares de seus cidadãos para o matadouro, mas estamos aguentando", insistiu Ganna Malyar, nesta quinta-feira, elogiando "a resiliência e o heroísmo" das forças ucranianas envolvidas nesta batalha que já dura vários meses.
Desde o verão passado, a Rússia tenta assumir o controle desta zona da região de Donetsk, depois de ter sofrido vários reveses que levaram seu presidente, Vladimir Putin, a mobilizar centenas de milhares de reservistas e a lançar uma campanha de bombardeios contra as infraestruturas energéticas.
Sem dar números, Malyar disse hoje à imprensa que as tropas russas que combatem em Soledar, em grande parte mercenários do grupo paramilitar Wagner, "estão sofrendo grandes perdas" em sua tentativa "malsucedida" de romper a linha de defesa ucraniana.
"Os arredores da cidade estão repletos de cadáveres de soldados russos", disse a vice-ministra.
Kiev não estimou o número de soldados mortos e feridos na batalha de Soledar e na da vizinha Bakhmut, a grande cidade da região.
Em entrevista à AFP na quarta-feira, o conselheiro da Presidência ucraniana, Mikhailo Podoliak, citou "perdas significativas".