
A Câmara alta do Congresso americano aprovou por 52 votos a 48 a indicação da juíza Amy Coney Barrett, alinhando-se às diretrizes do partido.
O presidente Donald Trump comemorou a aprovação da entrada de Barrett na Suprema Corte.
"É um dia transcendental para os Estados Unidos, para a Constituição americana e para um Estado de direito justo e impacial", afirmou o presidente no jardim da Casa Branca, ao lado da magistrada.
"Eu me apresentou aqui esta noite, verdadeiramente honrada e humilde", disse a juíza, de 48 anos, logo após fazer seu juramento constitucional perante o magistrado da Suprema Corte, Clarence Thomas.
Barrett, uma católica fervorosa contrária ao aborto, mudará a configuração do máximo tribunal, que a partir de agora terá seis juízes conservadores entre os nove que o compõe, três deles nomeados pelo presidente republicano.
O Supremo também conta com três juízes progressistas.
A nova juíza preencherá a vaga deixada pela progressista Ruth Bader Ginsburg, falecida em setembro.
A magistrada poderá participar de sua primeira audiência a partir de 2 de novembro, na véspera das eleições presidenciais. Portanto, teoricamente atuará caso sejam examinadas eventuais apelações contra os resultados no pleito.
Nos Estados Unidos, a Suprema Corte delibera sobre temas sociais mais espinhosos, do aborto ao porte de armas, passando pelos direitos das minorias sexuais. Durante a audiência de confirmação, a juíza Barrett tomou o cuidado de não revelar seus pontos de vista sobre estes temas delicados.