Fincanci foi presa em 26 de outubro por ter solicitado uma investigação sobre acusações de uso de armas químicas pelo Exército turco no norte do Iraque contra combatentes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
A médica, de 63 anos, denuncia um julgamento "político" desde o início, no qual poderia ser condenada a até sete anos e meio de prisão.
Uma de suas advogadas, Meric Eyuboglu, denunciou uma acusação preparada com antecedência, "mesmo antes da primeira audiência e repetida desde então pelo promotor". Isso prova, segundo ela, "que os direitos a um julgamento justo foram repetidamente violados".
Vários países ocidentais, incluindo França, Estados Unidos e União Europeia, enviaram representantes para a audiência, informou ela à AFP.
Comparecendo pela terceira vez perante o Supremo Tribunal Criminal de Istambul, Fincanci denunciou "um caso politicamente motivado contra o TTB, os valores democráticos e a liberdade de expressão".
Sua prisão no final de outubro desencadeou manifestações em Istambul.
Ela foi presa e detida em Ancara, antes de ser transferida para Istambul.
Divulgadas pela mídia pró-curda e representantes eleitos da oposição, as notícias sobre o uso de armas químicas por parte do Exército turco no norte do Iraque despertaram a ira das autoridades turcas, que rejeitaram as acusações e denunciaram uma campanha de "desinformação".
O PKK é considerado uma organização "terrorista" por Ancara e por seus aliados ocidentais.