"Lamento profundamente", declarou o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual da Igreja anglicana.

"Chegou a hora de agir ante este passado vergonhoso", acrescentou.

O relatório divulgado nesta terça-feira dá continuidade às revelações de junho de 2022, segundo as quais o órgão "Church Commissioners" ("Comissários da Igreja") tinha "vínculos históricos" com o comércio transatlântico de escravos.

Esta entidade foi criada em 1948 com parte da doação proveniente de um fundo que remonta à rainha Ana em 1704, com o objetivo de ajudar os clérigos mais pobres.

O relatório revela que o fundo da rainha Ana investiu "quantias significativas" na South Sea Company, que comercializava escravos africanos. Além disso, também recebia doações de pessoas ligadas ao tráfico de escravos e à economia das "plantations".

"O 'Church Commissioners' lamenta profundamente os vínculos de seus predecessores com o tráfico transatlântico de escravos", afirmou a organização, em um comunicado, prometendo um fundo de 100 milhões de libras (em torno de US$ 121 milhões) nos próximos nove anos para "um futuro melhor e mais justo para todos".

O dinheiro será destinado, em particular, para "comunidades afetadas pela escravidão".

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