O texto adotado nesta quinta-feira destaca especificamente que as forças Al-Quds e a milícia paramilitar Basij, filiadas à Guarda Revolucionária, também devem ser incluídas na lista.

Como a Guarda Revolucionária está presente na economia iraniana por meio de inúmeras empresas que controla direta ou indiretamente, o texto também pede a proibição de "qualquer atividade econômica ou financeira" com essas empresas.

A moção sobre esse pedido foi anunciada na quarta-feira na sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo, na França, e provocou uma reação imediata do governo iraniano.

Em conversa telefônica com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, alertou que tal decisão teria "consequências negativas", disse o Ministério em comunicado.

O ministro "criticou fortemente a posição emocional do Parlamento Europeu e qualificou a decisão como inadequada e incorreta", acrescentou a mesma fonte.

Desde meados de setembro, o Irã é abalado por uma onda de protestos contra o poder, após a morte de Mahsa Amini, uma iraniana curda de 22 anos que morreu sob custódia da polícia da moralidade por não usar o véu corretamente.

Várias pessoas relacionadas aos protestos foram condenadas à morte e executadas.

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