A condenação ocorre em um momento de tensão entre a Guatemala e a Colômbia pela decisão do Ministério Público guatemalteco de julgar o ministro da Defesa colombiano, Iván Velásquez, por supostas ações ilegais quando ele integrou uma missão antimáfia da ONU no país centro-americano.

Nichols não citou Velásquez, suspeito de ter avalizado, supostamente de forma irregular, os acordos de depoimento sob proteção de três ex-diretores brasileiros no caso de propinas da empreiteira Odebrecht na Guatemala, segundo o chefe da Promotoria Especial contra a Impunidade (Feci), Rafael Curruchiche.

"As ordens de captura do @MPguatemala contra pessoas que trabalharam para garantir a #PrestacaodeContas por corrupção no caso Odebrecht na Guatemala nos preocupam", afirma Nichols em um tuíte, em alusão ao Ministério Público (MP). "Tais ações fragilizam o #EstadoDeDireito e a confiança no sistema de Justiça da Guatemala", acrescenta o funcionário.

Na atualização de sua lista de "corruptos" da América Central, Washington incluiu no ano passado Rafael Curruchiche e outros 15 guatemaltecos, entre os quais se destacam pessoas que contribuíram para processar funcionários da Justiça, uma das críticas recorrentes de Washington ao governo do presidente conservador Alejandro Giammattei.

Os Estados Unidos têm criticado a Guatemala reiteradamente pela detenção de promotores anticorrupção e a designação para cargos judiciais de pessoas acusadas de corrupção.

O anúncio do chefe da Feci causou turbulências diplomáticas: a Colômbia chamou para consultas sua embaixadora na Guatemala, que fez o mesmo com seu embaixador em Bogotá, em um gesto de reciprocidade.

Os conteúdos mais inspiradores e atuais!

Ative as notificações do SAPO Brasil e fique por dentro.

Siga-nos na sua rede favorita.