Como resultado da "agressão armada russa", uma pessoa foi morta e outras oito ficaram feridas na região leste de Donetsk nas últimas 24 horas, disse Kirilo Timoshenko, representante do gabinete do presidente ucraniano.

Outro cidadão foi morto na parte nordeste de Kharkiv e outro ficou ferido na região sul de Kherson durante o mesmo período, continuou Timoshenko.

"Apesar do chamado 'cessar-fogo' declarado pelos ocupantes russos (...) o inimigo lançou nove mísseis, realizou três ataques aéreos e disparou 40 projéteis", disse o Ministério da Defesa ucraniano em um comunicado.

"Em particular, a infraestrutura civil foi afetada", afirmou a pasta.

Putin declarou um cessar-fogo de 36 horas para permitir que os cristãos ortodoxos se reunissem para o Natal, celebrado em 7 de janeiro na Rússia e na Ucrânia.

A trégua unilateral terminou no sábado às 21h GMT (18h no horário de Brasília).

Jornalistas de Kiev e correspondentes da AFP no local constataram que há poucos sinais de que os combates tenham diminuído no sábado.

"Depois da meia-noite, o inimigo lançou sete ataques com foguetes em Kramatorsk e dois em Kostiantinivka", disse Pavlo Kirilenko, governador de Donetsk.

O Ministério da Defesa da Rússia insistiu no sábado que os combates cessaram, mas admitiu ter repelido uma série de ataques ucranianos e matado dezenas de seus soldados.

A Ucrânia denunciou o cessar-fogo como uma tática da Rússia para ganhar tempo para reagrupar suas forças e reforçar suas defesas após vários contratempos no campo de batalha.

Sergii Gaidai, governador de Luhansk, disse que os russos estão deslocando soldados de Bakhmut, o atual epicentro dos combates, para a cidade de Kreminna.

"Esperamos uma intensificação das hostilidades", acrescentou Gaidai, que destacou as temperaturas abaixo de zero a que estão expostos.

"Nosso equipamento pesado finalmente poderá avançar mais rapidamente", concluiu.

- Represália em Kramatorsk -

Militares russos afirmaram neste domingo que bombardearam dois quartéis militares em Kramatorsk, leste da Ucrânia, em "retaliação" ao ataque ucraniano a Makeyevka no Ano Novo, que matou 89 soldados russos.

"Em resposta ao bombardeio criminoso do regime de Kiev nos primeiros minutos de janeiro de 2023 (...) as forças russas realizaram uma operação de retaliação", disse o Ministério da Defesa da Rússia em seu relatório diário.

O ministério não especificou quando ocorreu o atentado.

Segundo as autoridades ucranianas, sete foguetes caíram sobre Kramatorsk na noite de sábado. Dois outros caíram na cidade vizinha de Kostiantynivka.

Jornalistas da AFP em Kramatorsk ouviram pelo menos quatro explosões antes da meia-noite.

A Ucrânia atacou uma base improvisada em Makeyevka, na região anexada de Donetsk, na madrugada de 1º de janeiro, logo após a tradicional mensagem de Ano Novo do presidente russo.

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