O democrata é o presidente mais idoso da história dos Estados Unidos, e caso seja reeleito, terá 86 anos quando terminar seu segundo mandato.

Embora brinque com este fato e sua equipe ressalte que sua agenda cheia deixaria até mesmo pessoas muito mais jovens do que ele exaustas, pesquisas mostram que a idade do presidente é a maior preocupação dos eleitores americanos.

A apreensão foi reforçada por uma série de tropeços, deslizes e erros do democrata, de perder o equilíbrio nos degraus do avião presidencial, Air Force One, a dar respostas por vezes incoerentes durante coletivas de imprensa.

Apesar de o ex-presidente Donald Trump, de 77 anos, - a quem Biden provavelmente enfrentará nas urnas no ano que vem - também ter cometido uma série de gafes, ele ainda não causa a mesma preocupação entre seus apoiadores.

Biden "não está fazendo muitas coisas erradas", mas está lutando para mudar a percepção sobre sua idade, bem como sobre outras questões como a economia, analisou David Karol, professor de governo e política na Universidade de Maryland. "Ele está lúcido, mas as pessoas têm essa percepção", disse ele à AFP.

Se for reeleito no ano que vem, o presidente deixará o cargo nove anos mais velho que o recordista Ronald Reagan quando deixou a Presidência, aos 77 anos.

A Casa Branca não tem dado muita atenção às pesquisas de opinião, visto que os democratas obtiveram recentemente uma série de vitórias eleitorais. Mas os números são desanimadores para o partido.

De acordo com a pesquisa da ABC/Washington Post, 74% dos entrevistados acreditam que Biden estaria velho demais para um segundo mandato, em comparação aos 50% de Trump.

Já na realizada pelo Yahoo/YouGov, 54% dos americanos afirmam que o democrata já não é mais "competente para fazer o trabalho de presidente", em comparação aos 41% antes das eleições de 2020.

Apesar disso, alguns analistas sustentam que a idade de Biden não deveria importar.

O tema acabou "transformado em arma" na política americana, segundo S. Jay Olshansky, pesquisador de longevidade da Universidade de Illinois, em Chicago.

"O envelhecimento já não é mais o que costumava ser", explicou à AFP. "Existem segmentos muito grandes da população que sobrevivem até a oitava década perfeitamente capazes de ser presidentes ou de fazer o que quiserem", completou.

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