Desde 24 de fevereiro de 2022, centenas de milhares de pessoas fugiram da Rússia, temendo por seu futuro, ante a ameaça de serem processadas por manifestarem sua oposição, ou de serem mobilizadas e enviadas para o "front".

"Há canalhas vivendo confortavelmente graças ao nosso país. Do exterior, alugam seus imóveis e continuam recebendo dinheiro em detrimento dos cidadãos russos", escreveu Viacheslav Volodin, presidente da Duma, a Câmara baixa do Parlamento.

"Ao mesmo tempo, eles se permitem falar mal da Rússia, publicamente, e insultar nossos soldados e oficiais", disse ele em sua conta no Telegram.

"Seria justo acrescentar um ponto no Código Penal sobre o confisco dos bens desses canalhas na Rússia (...) para compensar os danos causados", propôs Volodin.

Ao ser questionado sobre as declarações de Volodin, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, mostrou-se relutante.

"É uma questão muito complexa e, obviamente, pertinente nos tempos em que vivemos. Mas não podemos, por assim dizer, abrir uma caixa de Pandora", afirmou, citado pela imprensa russa.

Nos últimos meses, o governo de Vladimir Putin intensificou a repressão aos seus críticos, em meio à ofensiva na Ucrânia.

As autoridades aprovaram uma lei que prevê até 15 anos de prisão para qualquer publicação de informações sobre o Exército russo consideradas "falsas".

A maioria das figuras de oposição conhecidas está no exílio, ou na prisão.

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