O porta-voz do Pentágono, general de brigada Pat Ryder, confirmou "um ataque realizado na noite passada por milicianos apoiados pelo Irã, usando um míssil balístico de curto alcance contra forças americanas e da coalizão na base aérea de Al Assad", onde estão estacionadas tropas americanas e da coalizão internacional antijihadista.
O ataque deixou oito feridos e causou alguns danos menores em infraestruturas, acrescentou Ryder.
"Imediatamente após o ataque, um avião militar americano AC-130 que estava na região efetuou um bombardeio de autodefesa contra um veículo das milícias apoiadas pelo Irã e vários membros destas milícias envolvidos neste ataque (...), deixando vários inimigos mortos em combate", disse o oficial.
Consultado pela AFP, um membro da Hashd al Shaabi, milícia integrada às forças regulares, confirmou este ataque e declarou que "um combatente morreu e outros três ficaram feridos".
"Um veículo da Hashd al Shaabi foi atacado por um drone na estrada em Abu Ghraib", a cerca de 30 km da capital iraquiana, informou nesta terça à AFP um funcionário do Ministério do Interior iraquiano.
Os dois funcionários, que falaram sob a condição de anonimato, consideraram que se tratou de um ataque com drone, antes de o Pentágono informar que foi executado por uma aeronave americana.
O veículo atacado fazia parte de um comboio de quatro carros, segundo a fonte ministerial.
O ataque contra a base de Al Assad e a resposta dos Estados Unidos ocorrem em um contexto de tensões crescentes no Oriente Médio, tendo como pano de fundo a guerra entre Israel e o movimento islamista Hamas na Faixa de Gaza.
A porta-voz adjunta do Pentágono Sabrina Singh, disse nesta terça-feira que as forças americanas e a coalizão internacional anti-jihadista mobilizadas no Iraque e na Síria foram alvo 66 vezes de disparos de foguetes e ataques com drones desde 17 de outubro, dez dias depois do ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense.
Os ataques deixaram 62 feridos entre o pessoal americano, segundo Singh, que destacou que este número não inclui as vítimas do ataque de segunda-feira contra a base aérea.
Washington mantém cerca de 900 soldados na Síria e quase 2.500 no Iraque lutando contra a organização extremista Estado Islâmico (EI).