No discurso de abertura do seu 25.º encontro, que decorre numa unidade hoteleira de Bissau, Nicolau dos Santos, deu as boas-vindas aos Chefes de Estado-Maior das Forças Armadas da CPLP, fazendo votos para que "a chama histórica" continue a unir os nove países da comunidade.

"Sintam-se em casa porque é uma casa onde, afinal, em português nos entendemos", disse o ministro guineense da Defesa que elencou os objetivos da reunião.

Nicolau dos Santos observou que o encontro de Bissau deve servir para "reflexão e convergência de visões" que permitam uma maior aproximação entre os países, dando "mais eficácia" às Forças Armadas nas suas missões.

Entre as missões, o governante guineense destacou a promoção de ações que visem garantir a segurança e a estabilidade dos países da comunidade lusófona.

Nicolau dos Santos sublinhou que, no âmbito da globalização, os países são confrontados com "desafios antes inimagináveis" motivados pela geopolítica e a estratégia.

"Testemunhamos um quadro de blocos de nações de interesses antagónicos e a expansão de extremismo religioso e político cujas consequências vêm afetando sobremaneira a vida social económica das populações", notou o ministro guineense da Defesa.

Nicolau dos Santos defendeu que perante este cenário as Forças Armadas "são chamadas a desempenhar um papel primordial" nas tarefas da manutenção da paz, segurança e estabilidade tanto a nível dos respetivos países como no plano internacional.

De forma concreta, o ministro guineense espera que a reunião de Bissau encontre respostas para questões como a forma possível de coordenar as ações para que a operacionalidade das Forças Armadas seja uma realidade, assim como fazer para que as atuações das Forças Armadas sejam fundamentadas em informações fidedignas e responsáveis ou como reforçar cada vez mais o caráter republicano das Forças Armadas da CPLP e o seu compromisso natural com a paz, segurança e estabilidade aos cidadãos.

Nicolau dos Santos disse ser um orgulho para a Guiné-Bissau acolher "tão ilustres hóspedes".

Os chefes militares da CPLP realizaram uma visita de cortesia ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, mas não prestaram qualquer declaração aos jornalistas à saída do encontro.

MB // JMC

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